14 de maio de 2009.
A TAL DA POLÍTICA É DIFÍCIL DE ENTENDER...
Pelo menos em terras tupiniquins.
Em viagens por esse Brasil afora, dia desses resolvi assistir a uma dessas várias sessões plenárias em uma pequenina cidade do interior. Ao sair da sessão - depois de quase duas horas -, tive a leve imprensão de que a política brasileira é construída na base da oposição e de interesses pessoais.
A maioria dos vereadores posicionam-se contrário a tudo: desde um aumento justo na diária do Executivo para que assim possa melhor desempenhar seu papel, a criação de projetos relevantes que visem uma melhoria na qualidade de vida das pessoas.
Entretanto, quando o assunto diz respeito às leis, regimentos e emendas das Casas Legislativas que atendam a interesses outros dos citados acima, todos – se não a grande maioria -, são aprovados. Cadê a oposição nessas horas? Fico me questionando. Cadê o povo, que mesmo presente a sessão, não se manifesta?
É preciso que se tenha consciência que hoje em dia todas as operações que envolvam dinheiro público são fiscalizadas pelos Tribunais de Contas e havendo malversação do erário os (ir) responsáveis terão que prestar contas ao Judiciário.
Existem municípios que são distantes de suas respectivas capitais, o que obriga prefeitos e secretários a se deslocarem até os centros de decisões políticas de seus respectivos estados em busca de investimentos e apoio político para seus projetos. Mas esse deslocamento custa dinheiro. Sabemos que existem pessoas inescrupulosas que fazem uso do dinheiro público como se seu fosse, mas também há aqueles que são sérios e muitas vezes acabam usando seus próprios recursos para se deslocarem. Há situações em que verbas são liberadas a partir de almoços e jantares, o que não significa falta de ética, isso faz parte do jogo, afinal, que não gosta de um mimo? Porem, se o Executivo não tiver meios adequados à sua mobilidade, quem vai pagar a conta é o município; quem perde, é a população, que deixa de ter investimentos em infraestruturas e conseqüente perda de criação de postos de trabalho.
Chega de tanto discurso vazio, de discussões se “a”, “b” “c” ou "d" merecem ou não ser agraciados com diplomas de honra ao mérito ou coisas do gênero. Basta de tanto blá, blá, blá e ti ti ti! Está mais do que na hora de alguns “velhos” políticos se mirarem nos exemplos de alguns “jovens” políticos e realmente trabalharem em razão daqueles que o elegeram, caso o contrário, as instituições políticas estarão fadadas ao total descrédito da opinião pública – o que não está longe de acontecer -, e aí sim, correremos o risco de nas próximas eleições a maioria dos votos serem em branco ou nulo, o que seria uma catástrofe para o País, pois os bons, os verdadeiros homens públicos, seriam arrastados para o ostracismo junto com os... Vocês sabem. E aí voltaríamos ao período da selvageria ou da barbárie, mas com certeza, distantes da civilização.
Marcelo Adriano Nunes de Jesus.
A Luta Continua.