segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS A PREFEITO E A VEREADOR

Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer aos Excelentíssimos vereadores e vereadoras desse imenso país que cumpriram com louvor seus papeis constitucionais quando imbuídos das prerrogativas do cargo no mandato prestes a terminar. A postura íntegra, profissional, competente e ética de Vossas Excelências é tema recorrente nas pesquisas de mestrado e doutorado nas diversas universidades brasileiras que tentam entender como o Brasil atingiu de forma tão rápida a excelência na vida política. A prática de Vossas Excelências é utilizada como paradigma para que países que viveram séculos sob a batuta do totalitarismo e da corrupção no Oriente Médio e outros cantos do mundo adotem nosso modelo como o mais próximo do ideal para o povo. Em nome da nação brasileira, também gostaria de agradecer pela campanha “limpa” que Vossas Excelências vêm desenvolvendo na captação de votos por ocasião das eleições deste ano. Os poucos carros de som em circulação em nossa cidade fazendo a devida propaganda eleitoral, estão respeitando todos os aspectos da legislação ambiental em vigor, assim como são raros os “santinhos” contendo suas promessas ou “compromissos” em nosso quintal e caixa de correios. Também digno de citação são as declarações de bens firmadas por Vossas Excelências no Tribunal Superior Eleitoral – TSE, tudo dentro da maior transparência e fidelidade. Aqui em Bom Jesus do Norte, cidade ao sul do Espírito Santo, por exemplo, tanto os candidatos a prefeito e seus respectivos vices quanto os noventa e um candidatos a vereador, declararam fielmente seus bens, inclusive seus saldos bancários atualizados e jóias, prática que se segue nos demais 5.700 municípios brasileiros. Ninguém “mascarou” absolutamente nada. Com esse panorama, fica muito difícil para o eleitor escolher, afinal, como eleger o melhor se todos são probos, honestos e competentes? Diferentemente de outros países, aqui, candidato a cargo eletivo abre mão do salário parlamentar, pois sabe que o Brasil é um país ainda com enormes desigualdades sociais, herança, talvez, de nossa colonização e industrialização tardia, e não seria justo para povo – que já amarga os altos custos de um sistema tributário arcaico e desigual - arcar com mais um alto custo para com aqueles que voluntariamente o querem representar. Sim, Vossas Excelências estão de parabéns, conseguiram provar que a maioria – se não a totalidade – de vós faz jus ao cargo que ocupa com muita competência e maestria. Em tempos havidos nossos políticos de outrora me eram uma fonte inesgotável de inspiração para escrever. Confesso que há tempos sinto-me órfão nesse particular. Por fim, não posso deixar de consignar uma coisa muito importante ocorrida comigo. Semana passada cai da cama e bati com a cabeça no chão, e claro, no mesmo dia procurei um neurologista. Ao apreciar o relato e a tomografia por mim apresentados, o médico disse-me não se tratar de nada grave. Passou-me apenas um analgésico e disse-me que se observasse alguma coisa “anormal” em meu comportamento, que era para procurá-lo imediatamente. Ainda durante a consulta seu telefone celular tocou. Ele pediu-me licença e atendeu. Claro que não fiquei prestando atenção na conversa, mas não pude deixar de ouvi-lo esbravejar os candidatos a prefeito e vereador de sua cidade. Disse que se pudesse mudava a Constituição para obrigar pessoas condenadas por lesar o erário a prestar serviços pesados e com isso pagar suas estadias na prisão, de preferência em uma ilha deserta, além de retirar-lhes todos os bens conseguidos fraudulentamente comprovados. Sinceramente não aguardei o fim da conversa entre ele e seu interlocutor. Levantei e fui embora, afinal, se minha cabeça já não estava boa, imaginem como ela ficaria após ouvir uma situação tresloucada como a narrada pelo doutor, principalmente em se tratando de uma construção estereotipada de sua imaginação e que nada tem a ver com a nossa realidade?! Quanto á mim, fiquem tranquilos, como podem ver, estou ótimo! A luta continua. Bom Jesus do Norte (ES), 06 de agosto de 2012 Marcelo Adriano Nunes de Jesus Acessem o endereço abaixo. http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/abrirTelaPesquisaCandidatosPorUF.action?siglaUFSelecionada=ES Marceloadriano36@hotmail.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

SOU AQUELA QUE PROMOVE A PAZ

Sem razão, represento aquela profissão que as pessoas têm mais receio de se deparar, mas que nem por isso agem para evitar esse encontro. Sem razão, na maior parte das vezes sou vista como uma “máquina”, e não como um ser humano que tem os mesmos sentimentos das pessoas e que também chora. Sem razão, grande parte das minhas decisões é criticada por uma ou outra parte que não entende que não sou eu quem cria as leis, mas sim, aquela que as aplica ao caso concreto. Sem razão, imaginam que posso resolver todos os problemas do mundo, mas se esquecem que também tenho os meus problemas para resolver e que não raro, sempre ficam por último. O que as pessoas nem imaginam, é que dentre todas as profissões o meu ofício é o que mais sofre controle de órgãos superiores, e em tudo o que faço, tenho por dever fundamentar. Que bom seria se todas as profissões tivessem tal controle e obrigatoriedade... Enquanto grande parte das famílias sai para se divertir ou mesmo exercitar-se ao ar livre, para mim, um simples caminhar à beira de um laguinho ou sentar-se em uma praça pública com meu filho pode representar um perigo de vida iminente. Na verdade, a minha profissão em última instância representa abrir mão daquilo que a maioria das pessoas pode desfrutar: a liberdade. Mas quem se importa com isso? Sim, por amor e em nome do Direito e da Justiça tornei-me refém da sociedade. Muito prazer sou Juíza de Direito. Obs. Texto em homenagem a uma Juíza de Direito da Vara Criminal Da Comarca de Bom Jesus do Itabapoana - RJ que tenho tido a honra de acompanhar por ocasião do estágio como Conciliador no Juizado Especial Adjunto Civil, mas que certamente se aplica a todas às Juízas e Juízes de Direito do nosso País. A luta continua Bom Jesus do Norte, 25 de julho de 2012 Marcelo Adriano Nunes de Jesus .marceloadriano36@hotmail.com

SOU AQUELA QUE PROMOVE A PAZ

Sem razão, represento aquela profissão que as pessoas têm mais receio de se deparar, mas que nem por isso agem para evitar esse encontro. Sem razão, na maior parte das vezes sou vista como uma “máquina”, e não como um ser humano que tem os mesmos sentimentos das pessoas e que também chora. Sem razão, grande parte das minhas decisões é criticada por uma ou outra parte que não entende que não sou eu quem cria as leis, mas sim, aquela que as aplica ao caso concreto. Sem razão, imaginam que posso resolver todos os problemas do mundo, mas se esquecem que também tenho os meus problemas para resolver e que não raro, sempre ficam por último. O que as pessoas nem imaginam, é que dentre todas as profissões o meu ofício é o que mais sofre controle de órgãos superiores, e em tudo o que faço, tenho por dever fundamentar. Que bom seria se todas as profissões tivessem tal controle e obrigatoriedade... Enquanto grande parte das famílias sai para se divertir ou mesmo exercitar-se ao ar livre, para mim, um simples caminhar à beira de um laguinho ou sentar-se em uma praça pública com meu filho pode representar um perigo de vida iminente. Na verdade, a minha profissão em última instância representa abrir mão daquilo que a maioria das pessoas pode desfrutar: a liberdade. Mas quem se importa com isso? Sim, por amor e em nome do Direito e da Justiça tornei-me refém da sociedade. Muito prazer sou Juíza de Direito. Obs. Texto em homenagem a uma Juíza de Direito da Vara Criminal Da Comarca de Bom Jesus do Itabapoana - RJ que tenho tido a honra de acompanhar por ocasião do estágio como Conciliador no Juizado Especial Adjunto Civil, mas que certamente se aplica a todas às Juízas e Juízes de Direito do nosso País. A luta continua Bom Jesus do Norte, 25 de julho de 2012 Marcelo Adriano Nunes de Jesus .marceloadriano36@hotmail.com

Paulo Ricardo Paúl, um cidadão indignado.: A FARRA DAS BARREIRAS FISCAIS NO RIO DE JANEIRO - ...

Paulo Ricardo Paúl, um cidadão indignado.: A FARRA DAS BARREIRAS FISCAIS NO RIO DE JANEIRO - ...: Que existem servidores públicos e Servidores Públicos disso ninguém tem dúvidas, mas ontem, dia 23 de julho ao me dirigir à Itaperun...

terça-feira, 24 de julho de 2012

A FARRA DAS BARREIRAS FISCAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Que existem servidores públicos e Servidores Públicos disso ninguém tem dúvidas, mas ontem, dia 23 de julho ao me dirigir à Itaperuna para comprar o cilindro mestre do freio do meu carro deparei-me com um desses servidores que pela sua postura maculam as instituições a que servem e que a imprensa não cansa de noticiar suas trapalhadas. Não há em nossa legislação pátria nada que obrigue às pessoas a serem educadas. Na verdade, polidez e urbanidade no trato com as pessoas vem de berço, e isso, claro, é fruto de uma boa educação e que em boa parte independe do grau de instrução de seus pais. Eu por exemplo, além do meu irmão, tenho inúmeros amigos nas fileiras das polícias, sejam elas Federal, Civil ou Militar, e graças a Deus, são pessoas educadíssimas, verdadeiros Servidores Públicos, que agem com energia quando está se faz imprescindível e não para demonstrar pretenso poder, pois eles sabem que o poder se encerra em sua área de atuação e guardadas ás devidas proporções e não algo que se possa usar a seu bel prazer e a reboque da lei. Outra coisa não menos importante. Está na Constituição. Qualquer pessoa pode circular livremente pelo país em época de paz. Ninguém é obrigado a dizer onde mora nem tampouco de onde está vindo, mas por cortesia, às pessoas costumam responder, mas alguns agentes da lei parecem disso não saber. Talvez por eu estar usando bermuda e uma camiseta o servidor público lotado na Barreira Fiscal do posto Timbó que faz a ligação Bom Jesus x Itaperuna e que me fez a abordagem e não satisfeito com a exibição dos documentos e após responder-lhe por três vezes que morava em Bom Jesus, me fez desembarcar do veículo e acompanhá-lo até um computador portátil e aguardar alguns longos minutos sob um sol escaldante até o sistema Infoseg “voltar” para que assim procedesse na verificação dos meus dados pessoais. Enquanto aguardava, fez várias perguntas, todas por educação respondidas, só faltou me perguntar qual a cor da cueca que eu usava. Ora, será que o servidor não sabe que para atuar como Conciliador – ou seja, um auxiliar da Justiça - a pessoa não pode ter nada que desabone sua conduta, sobretudo ao exibir uma carteira com data de emissão no último dia 5 de julho? Será que eu teria uma mandado de prisão em aberto no meu nome do dia 5 de julho pra cá? Pode ser, mas para ele chegar a essa conclusão teria de ter fundada suspeita. Além de exibir a minha habilitação, carteira funcional de Servidor Público do Estado do Rio de Janeiro, mostrei-lhe também a de Conciliador expedida pelo Tribunal de Justiça, mas nada disso fora suficiente. Ora, não sou policial, mas posso afirmar que tenho alguma experiência acumulada nesses anos de vida. Em uma abordagem policial a primeira coisa a se fazer é proceder na busca pessoal do condutor e ocupantes do veículo – se fundada suspeita -. A segunda é a vistoria do veículo e por último, a documentação pessoal e do veículo, isso com a devida contenção de outro policial, mas não foi isso que aconteceu ontem. Não houve revista pessoal nem no veículo, procedimento completamente fora do padrão. Na verdade, as inúmeras Barreiras Fiscais espalhadas pelo Rio de Janeiro são verdadeiros “cabides de emprego”. Ali, há um contingente de pessoas não concursadas fora do limite, além dos apadrinhados dos políticos e alguns muito mal preparados para exercer importante função. Segundo o governador do Estado, esse sistema foi implantado com o objetivo de fechar todos os acessos ao Estado do Rio de Janeiro para impedir que mercadorias entrem sem pagar os devidos impostos. Ainda segundo Sérgio Cabral, com a ação, a perspectiva é de incrementar os cofres públicos em cerca de R$ 600 milhões ao ano. Os recursos serão destinados para áreas essenciais como Saúde, Educação, Segurança, entre outras. A meu ver, o problema está nesses “outros” os quais as verbas serão destinadas, haja vista a triste condição da saúde, educação e segurança. Por fim, pesquisando o procedimento dessas barreiras fiscais encontrei várias reclamações do procedimento de muitos servidores naqueles locais, um deles - http://www.sidneyrezende.com/noticia/7230 - demonstra a situação de uma senhora de 50 anos que mesmo em um veículo sem carga ficou horas aguardando a boa vontade do policial para liberá-la, verdadeira improbidade administrativa e que deve sim, ser denunciada. Continuarei a passar por aquele local, se porventura estiver errado, cumpra-se a lei, mas, por favor, senhor coordenador geral das Barreiras Fiscais, já que se trata de um serviço de visibilidade, preste mais atenção nos servidores que para lá são alocados e, diga-se de passagem – com uma excelente gratificação – caso contrário, o senhor continuará o tomar ciência dessas tristes e lamentáveis notícias envolvendo servidores públicos lotados nas Barreiras Fiscais. Obs. Tenho um colega policial militar que trabalha nessas barreiras. É uma pessoa de uma educação ímpar, uma verdadeira “dama” no bom sentido do termo, mas infelizmente ele é uma exceção. Bom Jesus do Norte, 24 de julho de 2012 Marcelo Adriano Nunes de Jesus A luta continua.

PERICULUM IN MORA

É fato que diariamente presenciamos um sem número de eventos importantes para a manutenção da Pax societa e que talvez pela correria do dia-a-dia não lhe demos a devida importância e dos futuros e imprevisíveis resultados disso. Os princípios gerais do processo de índole constitucional – previstos em todas as normas das sociedades democráticas de direito -, preveem, entre outras coisas, a presença de juiz natural, imparcialidade, igualdade, contraditório, publicidade dentre vários outros por parte daqueles que estão julgando. Esses princípios encerram a garantia de que todos aqueles que sejam levados a se explicar nos tribunais terão um tratamento justo, imparcial e dirigido por pessoas competentes: é o chamado Estado-Juízo. Esses princípios estão inseridos no iuris puniendi, ou o monopólio que o Estado tem, e somente o Estado, de julgar e punir. Vejamos o que diz nesse sentido o artigo 345 do Código Penal: “Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite.” Isso significa que ninguém poderá substituir o Estado-Juízo nos julgamentos e sanções, - com exceção daqueles previstos em lei - ainda que a pretensão do autor seja legítima. A título de ilustração tomemos o exemplo da trama da novela “Avenida Brasil”, veiculada pela Rede Globo de Televisão. Ali, é narrada a história de uma jovem – “Rita -, que quando criança viu a morte de seu pai ser arquitetada por sua madrasta em conluio com seu amante e que depois se vê abandonada em um “lixão” da cidade e a partir disso cresce com a ideia fixa de vingança, que embora “legítima”, não dá a ela tal direito. Observa-se que a “Rita”, mesmo antes de atingir seu objetivo principal – destruir a vida da personagem “Carminha” e a reboque todos a seu redor - já cometeu vários crimes e mesmo assim é a “mocinha” da história. Ainda que a emissora esteja exibindo uma ficção, a partir dela pessoas são influenciadas. É preciso ler nas entrelinhas dos discursos, mesmo naqueles aparentemente inofensivos e que se escondem atrás de entretenimentos o que é e o que não conveniente participar. É o preço que se paga pela democracia. Quase ou nenhum controle naquilo que é veiculado nas grandes mídias. Se se quer emissoras de televisão exibindo programação de melhor qualidade a mudança nesse sentido tem que partir dos telespectadores. Tv’s vendem comerciais. A África do Sul viveu durante 48 anos um regime de segregação racial que separava a maioria da população (negros, indianos, árabes e outros) da minoria branca que estava no poder. Depois de inúmeras tentativas de derrubar o regime – inclusive a luta armada – Nelson Mandela, um dos lideres do movimento que ficou 27 anos preso, achou uma maneira bem simples de resolver a questão: deixar de comprar qualquer coisa que fosse produzida pelos brancos, mesmo uma simples caixa de fósforos. O resultado desse boicote foi o enorme prejuízo de empresas multinacionais estabelecidas naquele país e a pressão internacional para o fim do regime. Não por mera comiseração das nações, mas antes, pelos prejuízos financeiros que as grandes potências estavam amargando. Em 1990 nascia uma nova África do Sul, livre do Aparthaid. Conforme dito emissoras de televisão vendem comerciais e propagandas, e o periculum in mora de uma decisão da sociedade em mudar aquilo que considera inconveniente pode trazer sérias e dolorosas consequências a seus filho, e isso não é ficção, é a realidade. A luta (desarmada) continua. Bom Jesus do Norte, ES, 19 de julho de 2012. Marcelo Adriano Nunes de Jesus

REPUBLIQUETA DE BANANAS

Era comum ouvir-se dizer em meados do século XIX não haver “nada parecido com um saquarema como um luzia no poder.” O provérbio imperial chegou até nós. Não raro, políticos, homens de Estado, historiadores e demais cientistas sociais evocam-no para caracterizar, a partir de uma ótica negativa, os partidos políticos no Brasil, quer estejam falando daqueles do Segundo Império, quer estejam se referindo aos de época mais recente. Tomemos, por exemplo, Oliveira Viana. Ao sublinhar a semelhança entre partidos políticos imperiais, recorrendo ao provérbio mencionado, enfatizando a ausência de opinião e de programas deles, o autor de O Ocaso do Império busca a explicação para tal em sua constituição: simples agregados de clãs organizados para a exploração comum das vantagens do Poder .” Longe do anacronismo, seguramente podemos afirmar que nesse sentido muito pouca coisa mudou na organização dos partidos políticos brasileiros desde então. Basta verificar o absurdo que acontece em épocas de eleições. Candidatos que se autointitulam “oposição”, na verdade nada mais são que a outra face da mesma moeda. Fazem de tudo para atingir aquilo que Oliveira Viana tão bem colocou em sua obra. São capazes até mesmo de venderem sua alma ao “diabo” para levar adiante suas vãs pretensões que em nada, absolutamente nada, tem a ver com a moralidade e consequente res publica e de causar arrepios na lei. Nesse sentido, o que poderia ser mais antiético do que as coligações partidárias? Partidos que se autointitulam “oposição” se unem com àqueles que “ideologicamente” são adversários para tão somente chegarem ao poder e promover uma verdadeira “farra” com o dinheiro público. Tomando como exemplo os cargos disputados nas próximas eleições, vamos ilustrar o caso dos prefeitos. Antes mesmo de ser eleito, o candidato do partido “X” em troca do apoio da coligação dos partidos “Y” e “Z” que não raro são “oposição”, a estes promete secretarias em seu eventual governo; aos candidatos a vereadores – se eleitos ou não-, promete um número de cargos na prefeitura a seus apadrinhados desde que o apoiem, e nesse sentido, se loteia a prefeitura, o mesmo ocorrendo em nível de Estado e União. Na verdade, não há ideologia alguma entre a maioria esmagadora dos partidos políticos, o que há, é um jogo imundo de troca de interesses e favores, tudo para se chegar ou se perpetuar no poder para tão somente auferir as vantagens deste. Diante dessa breve reflexão me pergunto se realmente o brasileiro está preparado para viver uma democracia. Algumas escolhas que fazemos para nossas vidas podem adquirir um sentido catastrófico para toda uma coletividade. Sim, é preciso mais educação, porém, uma educação de qualidade e não baseada em números, como o que acontece. Por outro lado, quem são os responsáveis pela política educacional? Pois é, vê-se que é um círculo vicioso, e não há, em absoluto, nenhum interesse em se mudar essa realidade, afinal, o que o povo precisa é de pão e circo, e nesse sentido, nossos políticos são mestres e doutores nessa arte. A luta continua. Bom Jesus do Norte, 16 de julho de 2012 Marcelo Adriano Nunes de Jesus

terça-feira, 6 de março de 2012

O QUARTO PODER, A PMERJ E O CBMERJ

Apesar de ser uma das mais antigas instituições do Brasil, a Polícia Militar sempre foi tratada com descaso pelas autoridades que teriam por obrigação de ofício valorizar e ignoradas e responsabilizadas de tudo de ruim que acontece pelas sociedades a que servem.
Paradoxalmente e independente do problema, é o 190 e 193 que as pessoas recorrem em momentos de aflição e emergência. Seja para atender uma solicitação de evento roubo, furto, partos, gatinhos em árvores ou qualquer outro fato típico ou atípico, é a Polícia Militar e os Bombeiros Militares que diuturnamente - apesar dos descasos dos governantes e que foram acumulados ao longo de séculos de história - desempenham seus papeis além daquilo que está previsto na Constituição Federal.
Talvez poucos saibam, mas em muitas cidades brasileiras a Polícia Militar desempenha funções que estão muito além das estipuladas em nossa Carta Magna. À Polícia Militar cabe o patrulhamento ostensivo e a PM-2 (Serviço Reservado da instituição), assessorar o comando da corporação em planejamentos de patrulhamento e ações policiais. Aos Bombeiros, serviços de salvamento e resgates, mas em alguns estados o recolhimento de cadáveres também faz parte de suas atribuições, o que no Rio de Janeiro outrora era tarefa da Polícia Civil..
Não obstante, por falta de efetivo desta última resultado da incompetência perpetrada por governadores que por aqui passaram e permanece, o trabalho da PM e dos Bombeiros acabou se sobrecarregando, o que concorre para que em setor grau PMERJ e CBMERJ não desempenhem suas funções como deveriam apesar dos inúmeros esforços de seus combatentes.
Por outro lado, em alguns poucos estados brasileiros a divisão de funções entre às polícias e bombeiros se dão consoante nossa Constituição. Nessas Unidades da Federação as polícias trabalham pareadas na luta contra o crime, cada qual fazendo aquilo que lhe compete fazer.
Um bom exemplo vem da Capital Federal, onde, além dos bons salários pagos aos servidores da área de segurança pública se tem toda uma infraestrutura voltada ao combate e a elucidação de crimes, exemplo que deveria ser seguido por todos os estados, o que em sua maioria se dá ao inverso.
Via de regra, são governadores pagando gratificações a poucos e exigindo de toda corporação excelência na qualidade dos serviços prestados. Quem sofre com essas práticas infames é a sociedade, que imagina que onde esses policiais estão instalados todos os problemas relativos à violência estão resolvidos.
Infelizmente o “Quarto Poder” é muito atuante. Mascara os fatos e passa uma ideia falseada e mentirosa da realidade para a população, principalmente os menos esclarecidos, que crêem estarem diante de eficientes políticas públicas, como as Unidades de Polícia Pacificadora as (UPP’s), criadas no governo Sérgio Cabral (PMDB) no estado do Rio de Janeiro.
Nessa Teia de Penélope, temos de um lado aquele que precisa da publicidade positiva de seu governo para fins eleitoreiros. De outro, empresas jornalísticas preocupadas tão somente com possíveis lucros e outras benesses que ocorrem ao arrepio da lei numa relação de constante promiscuidade. Esse é o contexto da história recente do Rio de Janeiro e de outros estados com as Organizações Globo.
Somado a isso se tem a negligência social ante o fato de que por detrás daquelas fardas e uniformes existem homens e mulheres que também têm família, que também são sociedade, e que também desejam findar mais um dia de trabalho para retornarem aos seus lares. Muitos deles não terão tal sorte e ficarão pelo caminho ao tombarem no estrito cumprimento do dever legal por amor e na defesa de uma sociedade que tanto os ignorou. Mas serão seus familiares que amargarão maiores dissabores após suas mortes ao receberem no final do mês seus contracheques e verificarem que ali não haverá nenhuma gratificação nem tampouco um agradecimento pelos serviços prestados. Essa é a dura realidade do funcionalismo público estadual.
Mas esse não é um problema apenas da segurança pública. Recentemente estado e município do Rio de Janeiro ficaram em penúltimo lugar em qualidade de saúde. Ano passado foi a vez de a educação estadual ficar à frente apenas do estado do Piauí, último colocado na avaliação do Ministério da Educação que envolveu todos os estados e mais o Distrito Federal.
Em relação a educação do Estado, uma empresa de Minas Gerais foi contratada sem licitação para apontar e resolver os problemas da área. Sabe qual foi a solução encontrada para melhorar a posição do estado no ranking nacional? A mesma empregada nas Gerais.
Não reprovar alunos. O professor, além de planejar e ministrar aulas, doravante tem que criar mecanismos a tornarem as aulas mais atrativas, como se o fato de estudar ante a possibilidade do benefício decorrente não fosse motivo mais que suficiente para isso. E com o maior número de alunos aprovados e o cumprimento das metas estabelecidas pela SEEDUC, professores passam a ter a possibilidade de ganhar até três vezes o valor do seu salário uma vez por ano, mas somente após a avaliação nacional. Resultado, com os míseros salários que recebem o que tem de professor aprovando alunos e diretores (as) rindo à toa não está no gibi.
Como se vê, o sistema é “flórida”, e sabe quem perpetua tudo isso? Pois é.... Fica aqui apenas uma pergunta: até quando?


A luta continua





marceloadriano36@hotmail.com

sábado, 3 de março de 2012

OUTROS PODERES

Embora as verdades de maior importância política sejam fatuais, o conflito entre a verdade e política foi descoberto e articulado pela primeira vez com respeito à verdade racional. O contrário de uma asserção racionalmente verdadeira é o erro ou a ignorância, exatamente o que acontece aqui em relação à opinião de pessoas que objetivam tão somente “minar” a política local apontando soluções somente possíveis em seus mundos.
A falsidade deliberada e a mentira cabal, somente entram em cena no domínio das afirmações fatuais; e parece significativo, e um tanto estranho, que, longo debate acerca desses antagonismos de verdade e política, desde Platão a Hobbes, ninguém aparentemente, tenha jamais acreditado em que a mentira organizada conforme se encontra em relação às ações do prefeito de Bom Jesus do Norte nas redes sociais, pudesse ser uma arma adequada contra a verdade e, por conseguinte aos poucos ganhasse contornos de “verdade” para seus interlocutores.
Em Platão, aquele que narra a verdade corre perigo de ser execrado, e em Hobbes, onde o sujeito é transformado em autor, é ameaçado e achincalhado, exatamente o que está acontecendo nessas mesmas redes sociais em relação ao meu amigo Marcio Ferreira Vinícius Gama. Chegam ao cúmulo de lançar dúvidas na autoria de seus textos, como se a capacidade de concatenação estivesse restrito e permitido apenas a eles (as), o que é ridículo.
São pessoas que chafurdam na ignorância suína e ao que parece, durante muito tempo em tal condição permanecerão.
Por fim, lanço aqui um desafio: o que e de que forma vocês que deliberadamente apontam defeitos na atual administração fariam para que se tivesse um quadro político diferente do que aí está? Aguardo as réplicas, mas por favor, vamos manter o nível..

A luta continua.

Marcelo Adriano Nunes de Jesus

OUTROS PODERES

Embora as verdades de maior importância política sejam fatuais, o conflito entre a verdade e política foi descoberto e articulado pela primeira vez com respeito à verdade racional. O contrário de uma asserção racionalmente verdadeira é o erro ou a ignorância, exatamente o que acontece aqui em relação à opinião de pessoas que objetivam tão somente “minar” a política local apontando soluções somente possíveis em seus mundos.
A falsidade deliberada e a mentira cabal, somente entram em cena no domínio das afirmações fatuais; e parece significativo, e um tanto estranho, que, longo debate acerca desses antagonismos de verdade e política, desde Platão a Hobbes, ninguém aparentemente, tenha jamais acreditado em que a mentira organizada conforme se encontra em relação às ações do prefeito de Bom Jesus do Norte nas redes sociais, pudesse ser uma arma adequada contra a verdade e, por conseguinte aos poucos ganhasse contornos de “verdade” para seus interlocutores.
Em Platão, aquele que narra a verdade corre perigo de ser execrado, e em Hobbes, onde o sujeito é transformado em autor, é ameaçado e achincalhado, exatamente o que está acontecendo nessas mesmas redes sociais em relação ao meu amigo Marcio Ferreira Vinícius Gama. Chegam ao cúmulo de lançar dúvidas na autoria de seus textos, como se a capacidade de concatenação estivesse restrito e permitido apenas a eles (as), o que é ridículo.
São pessoas que chafurdam na ignorância suína e ao que parece, durante muito tempo em tal condição permanecerão.
Por fim, lanço aqui um desafio: o que e de que forma vocês que deliberadamente apontam defeitos na atual administração fariam para que se tivesse um quadro político diferente do que aí está? Aguardo as réplicas, mas por favor, vamos manter o nível..

A luta continua.

Marcelo Adriano Nunes de Jesus

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O ARCAÍSMO COMO PROJETO

Às vezes me pergunto se existe um modelo de “bom governar” no sentido de se corresponder a todos os anseios de uma população dada. Seguramente posso afirmar que “procurando” na História não encontrei nenhum par que pudesse ilustrar esse paradigma.
Observador e crítico, talvez por isso não emita opiniões tresloucadas nem tampouco me aventure em discussões estéreis. Só discuto casos concretos e com pessoas que possuem condições mínimas de manter a dialética em alto e bom nível, fora disso, o diálogo torna-se impossível, e quando isso ocorre, opto pelo silêncio, que também pode ser interpretado, mas sem o devido feedback.
Nessa linha, tenho observado nas redes sociais especificamente na região em que resido, ataques gratuitos e muitas das vezes opiniões emitidas a partir de “achismos” na seara política, mas que infelizmente avançam para o campo da vida pessoal do prefeito e seu vice, o que é uma lástima, pois demonstra imaturidade e desconhecimento das pessoas em discutir matéria tão importante.
Num país democrático de direito como o nosso, TODOS têm o direito - que em tese deveria ser inalienável -, de discordar da forma de governar de a, b ou c ou o seu oposto, afinal, queremos sempre o melhor para nossa cidade, nosso estado e nosso país, mas tenho notado que em Bom Jesus do Norte muitas dessas críticas não têm o menor fundamento, basta um olhar mais atento e isento para ver que algumas coisas mudaram para melhor, outras, estão caminhando nesse sentido, porém, muito ainda há o que fazer, afinal, o próprio Deus levou sete dias para criar o mundo.
Se levarmos em consideração a condição de Deus, não seria muito tempo para um Ser de tal natureza levar “tanto tempo” na Sua obra e tendo como resultado dentre outras coisas seres humanos tão imperfeitos e em construção? O que dizer então das pessoas em seus cotidianos e ofícios? Nada é perfeito.
Pelo que tenho assistido, penso que os “críticos” de plantão se agarram ao “muito ainda o que fazer” para elaborarem suas opiniões e desprezam as ações válidas levadas a cabo por todo um “staff” que forma uma prefeitura.
Seguramente também afirmo que TODOS os prefeitos e seus respectivos vices que passaram por Bom Jesus do Norte implementaram ações válidas; alguns mais e outros menos, mas todos com o ideal de se construir uma cidade melhor para todos, entretanto, não há mais espaço para aquela arcaica concepção romântica de que um prefeito, governador ou presidente governa sozinho. Não é assim. O mundo político é um mundo obscuro e fétido.
Mas o que também não dá para digerir é todo domingo ou dia dito “santo” pessoas lotarem as naves das Igrejas e nos dias seguintes se dedicarem a atacar e a ofender as pessoas que não correspondem aos seus interesses diretos e particulares, ou ainda, que contrariam suas convicções. Se isso é ser cristão, no momento opto pelo ateísmo.

A luta continua

Bom Jesus do Norte, 7 de fevereiro de 2012

Marcelo Adriano Nunes de Jesus

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

BACK IN BLACK

Existe uma assertiva em história que diz que quando se quer conhecer o grau de evolução de uma dada sociedade basta olhar a sua produção cultural.
Nesse sentido, contemporaneamente nossa produção cultural de massa se limita a elaboração de programas do tipo “realitys shows”, músicas de gostos duvidosos, futebol, carnaval e outras festas profanas que ao que parece se perpetuaram por aqui.
As universidades brasileiras – sejam elas públicas ou privadas –, anualmente despejam centenas de monografias, dissertações e teses em seus bancos de dados disponibilizando ao público o que há de mais atual em pesquisas em todas as áreas do saber. Mas aqui, é como oferecer pérolas aos porcos. Ninguém se interessa, nem editores nem tampouco a quem elas se dirigem: o público. Resultado, as pesquisas e discussões ficam restritas aos espaços acadêmicos.
Pode não parecer, mas o resultado disso é uma sociedade “doente” e sem a menor perspectiva ou desejo de mudança, o que é facilmente verificado na política onde lá estão às mesmas caras, os mesmos problemas e as mesmas discussões redundantes e que não trazem nada de novo no cenário político além de pessoas correndo atrás de uma “receitinha azul”.
Consoante, o que se esperar dessas discussões? Exatamente o que diariamente assistimos: opiniões tresloucadas e pessoas sem a menor formação teórica para se aventurarem nessa seara. Não existem verdades nesses debates, o que existe, é o interesse privado de cada um, e nesse contexto, não há que se falar em ética nem tampouco em interesse coletivo, seria mais interessante assistir ao desenho da Alice no País das Maravilhas do que esperar mudanças a partir do que ora é apresentado.

A luta continua.

Marcelo Adriano Nunes de Jesus