quinta-feira, 13 de maio de 2010

O SENTIDO DO 13 DE MAIO

Durante 338 anos o Brasil foi palco das maiores atrocidades que podem ser cometidas contra um ser humano: o trabalho escravo. Pessoas foram retiradas à força de suas nações, separadas de suas famílias e culturas e trazidas para uma terra distante e de culturas completamente adversas das suas.
Aqui quando chegaram por volta de 1550, foram expostos à venda como meras mercadorias. Quando adoeciam, eram deixados de lado à própria sorte e substituídos por outros disponíveis nos inúmeros mercados de negros existentes. A posse de escravos significava status social. Era comum deixar negros como herança em testamentos ao lado de outros bens pessoais. A cor da pele era indicativo da condição social.
Entretanto, apesar da opulência e do absurdo a que foram submetidos, os negros resistiram de todas as formas possíveis aos horrores da escravidão.
Fugas eram constantes e a formação de quilombos cada vez mais se faziam presentes, o que demonstra sua força e resistência à escravidão.
Mais de três séculos se passaram para que os negros tivessem sua tão sonhada liberdade reconhecida pelo Estado.
No dia 13 de maio de 1888, sancionada pela Princesa Isabel, entrava em vigor, a Lei Imperial de nº 3353 - conhecida como Lei Áurea -, que concedia a liberdade definitiva a todos os escravos negros e extinguia o trabalho escravo em todo o Brasil.
Hoje, se comemora os 122 anos da abolição da escravidão em todo o País. Entretanto, o preconceito e o racismo em torno do negro ainda se faz presente em nossa sociedade, o que significa dizer que ainda estamos longe de saldar a nossa dívida.
Somos um só povo e uma só nação. O preconceito e o racismo apenas servem para fomentar o ódio e a distância entre as pessoas, e isso, é a fórmula para catástrofes. Há diferença de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e as reações das pessoas são semelhantes.

Marcelo Adriano Nunes de Jesus
A LUTA CONTINUA