Existe uma assertiva em história que diz que quando se quer conhecer o grau de evolução de uma dada sociedade basta olhar a sua produção cultural.
Nesse sentido, contemporaneamente nossa produção cultural de massa se limita a elaboração de programas do tipo “realitys shows”, músicas de gostos duvidosos, futebol, carnaval e outras festas profanas que ao que parece se perpetuaram por aqui.
As universidades brasileiras – sejam elas públicas ou privadas –, anualmente despejam centenas de monografias, dissertações e teses em seus bancos de dados disponibilizando ao público o que há de mais atual em pesquisas em todas as áreas do saber. Mas aqui, é como oferecer pérolas aos porcos. Ninguém se interessa, nem editores nem tampouco a quem elas se dirigem: o público. Resultado, as pesquisas e discussões ficam restritas aos espaços acadêmicos.
Pode não parecer, mas o resultado disso é uma sociedade “doente” e sem a menor perspectiva ou desejo de mudança, o que é facilmente verificado na política onde lá estão às mesmas caras, os mesmos problemas e as mesmas discussões redundantes e que não trazem nada de novo no cenário político além de pessoas correndo atrás de uma “receitinha azul”.
Consoante, o que se esperar dessas discussões? Exatamente o que diariamente assistimos: opiniões tresloucadas e pessoas sem a menor formação teórica para se aventurarem nessa seara. Não existem verdades nesses debates, o que existe, é o interesse privado de cada um, e nesse contexto, não há que se falar em ética nem tampouco em interesse coletivo, seria mais interessante assistir ao desenho da Alice no País das Maravilhas do que esperar mudanças a partir do que ora é apresentado.
A luta continua.
Marcelo Adriano Nunes de Jesus