Quando se entra num Centro de Tratamento Intensivo (CTI) pela primeira vez, tem-se a nítida imprenssão de se estar entrando numa antessala para o Além. É um corre-corre danado de médicos e técnicos, aparelhos ligados, alarmes disparando, pessoas sendo reanimadas outras morrendo, uma loucura. Ali, realmente se percebe o valor que tem uma vida; valor este, não raro, negligenciado por uma parcela significativa de pessoas, mas nunca pelos profissionais desses centros, que se esforçam sobre humanamente para manterem pessoas vivas. E foi nesse lugar que conheci e fiz novos amigos. Surreal? Talvez.
Em um recente texto, comparei médicos com anjos. Seguindo nessa mesma perspectiva, neste, inclui as enfermeiras e enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de enfermagem e todos os demais profissionais que dão suporte num CTI.
No que estive durante 12 dias, os doutores Carlos Barbuto e Sabrina eram os responsáveis técnicos. E quanta competência! Ambos, além de uma amabilidade ímpar para com todos os pacientes, funcionários e familiares dos doentes, nasceram para a profissão que escolheram. Amei vocês!
Adriana era a enfermeira-chefe. É ela quem administrava todo o funcionamento daquele centro do Hospital das Clínicas em Itaperuna (RJ). Mas não ficava só na administração, na parte burocrática da coisa. Ela dava banho nos leitos em alguns pacientes impossibilitados de se locomover, trocava fraldas, auxiliava o trabalho dos demais profissionais, conversava com aqueles poucos em condições de conversar, era doce com seus subordinados, e mais ainda: segurava nas mãos de cada paciente como numa prece silenciosa para que saíssem logo daquele triste estado.
Jamais vou esquecer o dia em que senti uma dor indescritível, nunca sentida até então. A dor, para os entendidos no assunto, surgiu em decorrência de um procedimento chamado pleurodese que não vou aqui detalhar por mera economia de espaço. Mas rogo a Deus nunca mais sentir algo parecido.
A dor que eu sentia era tanta, mas tanta, que a dose de morfina aplicada foi insuficiente para fazê-la cessar; foi necessário um aumento no dobro da dosagem e mesmo assim ela não diminuía.
Mas o fato, é que já sem forças para gritar, esse anjo chamado Adriana, segurou em minhas mãos e pude perceber que seus olhos estavam marejados pela dor que eu estava sentindo e também pela sua impotência em saná-la, pois tudo o que podia ser feito nesse sentido já houvera sido feito, tinha-se apenas que esperar os medicamentos fazerem efeito, mas cada minuto era uma eternidade, custaram muito a passar. E a Adriana sofreu comigo.
Apertei-lhe as mãos com todas as forças que ainda me restavam e em nenhum momento ela me deixou só. Isso eu nunca vou esquecer. Quanta caridade! Adriana estava ao lado do médico que me assistia e também de outros anjos que ficaram o tempo todo ao meu redor. Após algum tempo a dor diminuiu e finalmente desfaleci, ou o inverso, não sei.
No dia seguinte sequer abri os olhos. Dormi o dia inteiro, e o segundo dia também e no terceiro estava meio confuso: não sabia se estava de fato numa antessala do Além ou se já estava no Próprio, pois em todas as direções em que eu olhava, eu via padres e anjos. E realmente eles estavam ali. Um dos padres, depois vim a saber, chamava-se Manoel, da Igreja Tradicionalista de Itaperuna (RJ), o outro ninguém sabia o nome. Devia estar acompanhando o outro.
Aos poucos, as dores foram diminuindo e pude melhor perceber aquelas pessoas e compreender o significado de cada uma delas em minha vida naquele momento: elas vieram reforçar a minha convicção de que fora da caridade não há salvação. Estava convencido. Realmente eu estava entre anjos de luz.
Emocionei-me com as diversas histórias que ouvi e percebi que eu já não era mais um paciente, porém O paciente que havia sido adotado por todos eles quase como um membro de suas famílias – o que muito me honraria se fosse verdade –, apesar de ter tido o privilégio e a Misericórdia Divina de ter nascido no seio de uma família maravilhosa e de ter igualmente uma esposa além do que mereço. Mas o momento agora é desses anjos, e por isso vou tentar descrevê-los sucintamente.
O Ivan é um negro alto e forte, portador de uma mão levíssima, que quando em mim aplicava as medicações, sempre repetia que no próximo plantão dele eu não mais estaria ali, isso para incentivar a minha reação no sentido da melhora. E ele estava certo. Comecei a reagir e exatamente num plantão do Ivan, eu não estava mais lá. Obrigado, meu irmão!
O Rondinele, outro técnico de enfermagem, é um cara superbacana e alegre, com uma história de vida belíssima, mas como não podia deixar de ser na condição humana, cheia de dores e dramas. Foi o que eu mais perturbava em minhas demandas. Houve um plantão dele em que eu o “aluguei” até meia-noite e meia contando e ouvindo histórias. Aquele dia me fez esquecer que eu estava num CTI. Dono de uma doçura comparada àquelas balas de açúcar que fazíamos quando crianças é assim que o vejo.
Saiba amigo, que para mim foi uma honra tê-lo conhecido. Assim como os demais, hoje você faz parte do meu seleto rol de amigos. Seletos apenas pelo fato de serem como vocês: anjos de luz. Valeu!!!!
O José Antônio é uma outra pessoa que foge qualificar de tão gentil, mas por outro lado, como qualificar um anjo? Também atua como técnico de enfermagem, assim como o Ivan e o “Rondi”. Quando o vi pela primeira vez, pensei comigo: “ – aí, meu Deus, não manda ele aplicar as injeções não –“. O “Zé”,- como é carinhosamente tratado por todos -, além de alto, é muito sério e tem uma voz grave e que assusta quem ouve, principalmente se estiver num CTI. Mas, é pura aparência. É um doce de pessoa, amabilíssimo e dono de um enorme coração e que assim como os outros, também se emociona com as dores alheias.
Todas as qualidades descritas dos outros se aplicam ao Rodrigo. Várias vezes o ouvir dizer que após o plantão iria à casa de seus pais ajudá-los em seus afazeres, como na colheita de feijão, por exemplo, da última semana. Deve ser um belo exemplo de filho.
A Chênia pode ser definida como aquela pessoa que está sempre pra cima; esbanja alegria, bom humor, e espalha felicidades e flores por onde passa. É também muito engraçada. Às vezes, eu pensava: “- aí, Jesus, não permita que eu veja a cara da Chênia ou ouça as coisas que ela vai falar hoje – “.Isso porque, dava uma vontade enorme de rir, e como eu estava completamente dolorido, qualquer contração muscular era um sofrimento, mas quando ocorria de ouvir alguma coisa ou olhar para ela, eu logo pensava numa coisa bem feia para distrair a mente, caso contrário, seriam risos e dores na certa. Te amo, Chênia.
A Sandra é outra. Alegre, divertida e dedicada. Mais uma batalhadora pela e a favor da vida, além de muito paciente comigo e com os outros. Deve ser uma bela mãe.
A Miriam é uma guerreira que em breve tornar-se-á uma enfermeira; está na metade da sua graduação. Lembro-me que num dos plantões dela, a mesma disse que faria uma prova bem difícil no dia seguinte. Apesar de não poder sair do leito, ofereci minha ajuda. Mas não deu. Cheguei a folhear algumas apostilas (eram cinco ou seis), mas eram tantos nomes de bactérias, fungos e outros seres, que desisti da empreitada. Mas segundo ela, uma coisa que eu houvera dito a ajudou, mas que não me recordo o que foi exatamente, mas sinceramente não acredito. Com certeza deve ser mais uma das inúmeras gentilezas que esse lindo anjo moreno me prestou. Obrigado, querida!
Mas também outros anjos foram fundamentais nesse meu eterno aprendizado: o fisioterapeuta Clayton, a psicóloga Clarisse, a nutricionista Nágila, além das auxiliares de limpeza dona Rosinha e Pretinha, que igualmente só somaram em minha vida.
Atualmente estou no quarto 216. É um local frio, solitário, e feio, muito feio. Apesar de agora poder vislumbrar o céu todos os dias da janela do quarto, sinto falta dos meus anjos, apesar de todos os dias eles virem me visitar quando a caminho de mais um dia de plantão no CTI no Hospital das Clínicas.
Mas, após 15 dias internado, sinto que minha alta esta próxima. Ainda não tenho certeza, mas acredito que seja minha última semana aqui.
A única certeza que tenho no momento é que nenhum de vocês jamais sairão da minha memória, e nos encontraremos noutras circunstâncias, estejam certos disso.
Acho que pela primeira vez após longos anos, desaprendi a fazer o fechamento de um texto. Mas tenho que terminá-lo e vou fazer da maneira que meu coração está indicando:
Até breve, meus amigos....Até breve!!!
Marcelo Adriano Nunes de Jesus.
A luta continua
Hospital das Clínicas, quarto 216. Itaperuna (RJ), 22 de julho de 2010. 00:04h
quinta-feira, 22 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
ANJOS TÊM SEXO
No Brasil algumas coisas se dão em franca contradição com o que ocorre de positivo no resto do planeta. Como exemplo, cito o fato do país ter sido o último a abolir a escravidão negra na América, isso porque, mesmo independente de Portugal, o Brasil opunha-se ao chamado “liberalismo econômico” dos fisiocratas ingleses em detrimento ao “mercantilismo” ultrapassado e à época, adotado pelos países ibéricos (Portugal e Espanha).
Contemporaneamente no lado positivo, podemos citar o Japão, que teve duas das suas principais cidades da época, (Hiroshima e Nagasaki) destruídas por duas bombas atômicas durante a II Guerra Mundial (1939-1945) e hoje são a segunda maior potência econômica do mundo, perdendo o primeiro lugar apenas para aquele que um dia foi o seu algoz: os Estados Unidos.
Mas o Japão chegou a esse ponto através de uma fórmula bem simples, tão simples, que a maioria prefere não acreditar e que deveria seguir o exemplo: investiu bem na educação.
Mas a finalidade deste não é discutir história, mas sim dela se utilizar na construção de um raciocínio coerente e por que não dizer lógico, para aquilo que quero dizer lá na frente.
Dito isso, o fato, é que essa opção do Brasil teve um custo muito alto que a nação ainda não saldou e provavelmente muito tempo ainda levará para saldá-la. Basta observar a questão das cotas para negros nas universidades públicas e a polêmica em torno do tema; a falta da profissionalização das prostitutas, a má qualidade do ensino na educação básica; a falta de médicos nos hospitais devidos os baixíssimos salários que são pagos e outros problemas mais que já deveriam ter sido resolvidos há séculos, porém ainda se arrastam a toque de caixa.
Copiando alguns dos maus exemplos da sua ex-metrópole, em 1827 o então imperador D. Pedro I promulgou uma lei que concedia o título de doutor aos bacharéis em direito.
Passados quase 200 anos da Lei Imperial, hoje. de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, somente será chamado de doutor quem concluiu satisfatoriamente o curso acadêmico de doutorado. Ou seja, doutor é um título acadêmico, e não um pronome de tratamento, mas a hermenêutica também se refere às pessoas de notório saber.
Pode soar estranhos àqueles que estão acostumados a ler os meus textos, assistir uma abordagem sobre um assunto que pode parecer até estéril num primeiro momento. Ou ainda, podem até equivocadamente pensar que estou “irritado” com algum médico ou advogado, o que não seria de todo inverossímil, pois alguns realmente conseguem me tirar do sério. Mas a razão porque escrevo não é essa, afinal, meus melhores amigos são médicos, e foi exatamente pensando no Doutor Adir Amado Henriques Jr. e no Doutor Adson Azevedo Salim, que busquei inspiração para escrever, através da História, sobre outros médicos (as) que tive a honra, mas não o prazer, de conhecer exercendo seu lindo ofício; alguns brilhantemente, tais como verdadeiros professores (as).
Realmente, mesmo sem defesa de tese como exige o protocolo, existem médicos (as) que vão além de doutores. Títulos não salvam vidas. São pessoas, como disse, brilhantes que as salvam. São pesquisadores que deixam suas famílias e amigos para salvar e cuidar de vidas, muitas das quais eles nunca viram e provavelmente nunca mais voltaram a rever. São pessoas abnegadas, que saem a qualquer hora do dia ou da noite para ajudar alguém que precise do seu saber; são homens e mulheres que receberam de Deus essa linda missão: sanar a dor, curar a ferida e evitar a morte, mas não apenas do paciente, não obstante, também de seus familiares que igualmente sofrem por seus doentes. Não se preocupam com títulos, mas sim com saberes que muitas das vezes são construídos precariamente, sob efeito de estresses e cansaços, mas eles (as) não têm tempo para cuidar de si, os outros são mais importantes.
Talvez agora tenha chegado o momento de revelar a razão de ter iniciado meus agradecimentos tendo como pano de fundo a história, afinal, é ela a guardiã da memória de uma sociedade, e faço questão que fique registrado não apenas meus sinceros agradecimentos, mas também minha indignação com a falta de respeito, honestidade e insalubridade que muitas vezes vocês são obrigados a se submeter em nome da vida alheia exatamente por aqueles que mais deveriam valorizá-los: a própria população em geral. Não vou nem citar o Estado, este, enquanto não amadurecer a consciência política do povo, continuará a ser o que é: omisso nas questões de saúde educação e segurança, mas graças a Deus existe a Justiça que pode e deve ser acionada contra a tirania e a omissão do Estado.
Gostaria de citar nominalmente o nome de todos os médicos, médicas e demais profissionais de saúde, (estes fiz um texto à parte) que tão bem e carinhosamente cuidaram de mim no CTI do Hospital das Clínicas de Itaperuna (RJ), e também, claro, do cirurgião responsável pelo procedimento cirúrgico em meu tórax, mas não poderia confiar em minha memória e incorrer no erro de deixar alguns desses anjos que têm sexo de fora por mero esquecimento de um nome, mas esse receio é só por causa dos remédios, doutores (as), só por causa dos remédios os quais me submeti, ainda não tenho nenhum problema de memória, rs rs, mas não vou correr o risco de esquecer um nome, me perdoem.
Por isso, fica aqui o meu mais profundo agradecimento e votos de muita Luz e Paz Profunda na vida individual de cada um de vocês. Sejam para aqueles que estão iniciando na profissão, ou para aqueles que já estão nela um tempo ou ainda para aqueles em vias de se aposentar, recebam minha mais sincera gratidão e reconhecimento pelo trabalho que vocês prestaram e prestam em prol da vida alheia e que com certeza está muito além de um mero título, afinal, não se esqueçam, vivemos num país às avessas, onde não raro o certo é o errado e o errado é o certo, mas isso é uma outra história.
A luta continua
MANJ
Quarto 216 Hospital da Clínicas, Itaperuna, 21 de julho de 2010 – 00:23 h
Contemporaneamente no lado positivo, podemos citar o Japão, que teve duas das suas principais cidades da época, (Hiroshima e Nagasaki) destruídas por duas bombas atômicas durante a II Guerra Mundial (1939-1945) e hoje são a segunda maior potência econômica do mundo, perdendo o primeiro lugar apenas para aquele que um dia foi o seu algoz: os Estados Unidos.
Mas o Japão chegou a esse ponto através de uma fórmula bem simples, tão simples, que a maioria prefere não acreditar e que deveria seguir o exemplo: investiu bem na educação.
Mas a finalidade deste não é discutir história, mas sim dela se utilizar na construção de um raciocínio coerente e por que não dizer lógico, para aquilo que quero dizer lá na frente.
Dito isso, o fato, é que essa opção do Brasil teve um custo muito alto que a nação ainda não saldou e provavelmente muito tempo ainda levará para saldá-la. Basta observar a questão das cotas para negros nas universidades públicas e a polêmica em torno do tema; a falta da profissionalização das prostitutas, a má qualidade do ensino na educação básica; a falta de médicos nos hospitais devidos os baixíssimos salários que são pagos e outros problemas mais que já deveriam ter sido resolvidos há séculos, porém ainda se arrastam a toque de caixa.
Copiando alguns dos maus exemplos da sua ex-metrópole, em 1827 o então imperador D. Pedro I promulgou uma lei que concedia o título de doutor aos bacharéis em direito.
Passados quase 200 anos da Lei Imperial, hoje. de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, somente será chamado de doutor quem concluiu satisfatoriamente o curso acadêmico de doutorado. Ou seja, doutor é um título acadêmico, e não um pronome de tratamento, mas a hermenêutica também se refere às pessoas de notório saber.
Pode soar estranhos àqueles que estão acostumados a ler os meus textos, assistir uma abordagem sobre um assunto que pode parecer até estéril num primeiro momento. Ou ainda, podem até equivocadamente pensar que estou “irritado” com algum médico ou advogado, o que não seria de todo inverossímil, pois alguns realmente conseguem me tirar do sério. Mas a razão porque escrevo não é essa, afinal, meus melhores amigos são médicos, e foi exatamente pensando no Doutor Adir Amado Henriques Jr. e no Doutor Adson Azevedo Salim, que busquei inspiração para escrever, através da História, sobre outros médicos (as) que tive a honra, mas não o prazer, de conhecer exercendo seu lindo ofício; alguns brilhantemente, tais como verdadeiros professores (as).
Realmente, mesmo sem defesa de tese como exige o protocolo, existem médicos (as) que vão além de doutores. Títulos não salvam vidas. São pessoas, como disse, brilhantes que as salvam. São pesquisadores que deixam suas famílias e amigos para salvar e cuidar de vidas, muitas das quais eles nunca viram e provavelmente nunca mais voltaram a rever. São pessoas abnegadas, que saem a qualquer hora do dia ou da noite para ajudar alguém que precise do seu saber; são homens e mulheres que receberam de Deus essa linda missão: sanar a dor, curar a ferida e evitar a morte, mas não apenas do paciente, não obstante, também de seus familiares que igualmente sofrem por seus doentes. Não se preocupam com títulos, mas sim com saberes que muitas das vezes são construídos precariamente, sob efeito de estresses e cansaços, mas eles (as) não têm tempo para cuidar de si, os outros são mais importantes.
Talvez agora tenha chegado o momento de revelar a razão de ter iniciado meus agradecimentos tendo como pano de fundo a história, afinal, é ela a guardiã da memória de uma sociedade, e faço questão que fique registrado não apenas meus sinceros agradecimentos, mas também minha indignação com a falta de respeito, honestidade e insalubridade que muitas vezes vocês são obrigados a se submeter em nome da vida alheia exatamente por aqueles que mais deveriam valorizá-los: a própria população em geral. Não vou nem citar o Estado, este, enquanto não amadurecer a consciência política do povo, continuará a ser o que é: omisso nas questões de saúde educação e segurança, mas graças a Deus existe a Justiça que pode e deve ser acionada contra a tirania e a omissão do Estado.
Gostaria de citar nominalmente o nome de todos os médicos, médicas e demais profissionais de saúde, (estes fiz um texto à parte) que tão bem e carinhosamente cuidaram de mim no CTI do Hospital das Clínicas de Itaperuna (RJ), e também, claro, do cirurgião responsável pelo procedimento cirúrgico em meu tórax, mas não poderia confiar em minha memória e incorrer no erro de deixar alguns desses anjos que têm sexo de fora por mero esquecimento de um nome, mas esse receio é só por causa dos remédios, doutores (as), só por causa dos remédios os quais me submeti, ainda não tenho nenhum problema de memória, rs rs, mas não vou correr o risco de esquecer um nome, me perdoem.
Por isso, fica aqui o meu mais profundo agradecimento e votos de muita Luz e Paz Profunda na vida individual de cada um de vocês. Sejam para aqueles que estão iniciando na profissão, ou para aqueles que já estão nela um tempo ou ainda para aqueles em vias de se aposentar, recebam minha mais sincera gratidão e reconhecimento pelo trabalho que vocês prestaram e prestam em prol da vida alheia e que com certeza está muito além de um mero título, afinal, não se esqueçam, vivemos num país às avessas, onde não raro o certo é o errado e o errado é o certo, mas isso é uma outra história.
A luta continua
MANJ
Quarto 216 Hospital da Clínicas, Itaperuna, 21 de julho de 2010 – 00:23 h
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