terça-feira, 6 de março de 2012

O QUARTO PODER, A PMERJ E O CBMERJ

Apesar de ser uma das mais antigas instituições do Brasil, a Polícia Militar sempre foi tratada com descaso pelas autoridades que teriam por obrigação de ofício valorizar e ignoradas e responsabilizadas de tudo de ruim que acontece pelas sociedades a que servem.
Paradoxalmente e independente do problema, é o 190 e 193 que as pessoas recorrem em momentos de aflição e emergência. Seja para atender uma solicitação de evento roubo, furto, partos, gatinhos em árvores ou qualquer outro fato típico ou atípico, é a Polícia Militar e os Bombeiros Militares que diuturnamente - apesar dos descasos dos governantes e que foram acumulados ao longo de séculos de história - desempenham seus papeis além daquilo que está previsto na Constituição Federal.
Talvez poucos saibam, mas em muitas cidades brasileiras a Polícia Militar desempenha funções que estão muito além das estipuladas em nossa Carta Magna. À Polícia Militar cabe o patrulhamento ostensivo e a PM-2 (Serviço Reservado da instituição), assessorar o comando da corporação em planejamentos de patrulhamento e ações policiais. Aos Bombeiros, serviços de salvamento e resgates, mas em alguns estados o recolhimento de cadáveres também faz parte de suas atribuições, o que no Rio de Janeiro outrora era tarefa da Polícia Civil..
Não obstante, por falta de efetivo desta última resultado da incompetência perpetrada por governadores que por aqui passaram e permanece, o trabalho da PM e dos Bombeiros acabou se sobrecarregando, o que concorre para que em setor grau PMERJ e CBMERJ não desempenhem suas funções como deveriam apesar dos inúmeros esforços de seus combatentes.
Por outro lado, em alguns poucos estados brasileiros a divisão de funções entre às polícias e bombeiros se dão consoante nossa Constituição. Nessas Unidades da Federação as polícias trabalham pareadas na luta contra o crime, cada qual fazendo aquilo que lhe compete fazer.
Um bom exemplo vem da Capital Federal, onde, além dos bons salários pagos aos servidores da área de segurança pública se tem toda uma infraestrutura voltada ao combate e a elucidação de crimes, exemplo que deveria ser seguido por todos os estados, o que em sua maioria se dá ao inverso.
Via de regra, são governadores pagando gratificações a poucos e exigindo de toda corporação excelência na qualidade dos serviços prestados. Quem sofre com essas práticas infames é a sociedade, que imagina que onde esses policiais estão instalados todos os problemas relativos à violência estão resolvidos.
Infelizmente o “Quarto Poder” é muito atuante. Mascara os fatos e passa uma ideia falseada e mentirosa da realidade para a população, principalmente os menos esclarecidos, que crêem estarem diante de eficientes políticas públicas, como as Unidades de Polícia Pacificadora as (UPP’s), criadas no governo Sérgio Cabral (PMDB) no estado do Rio de Janeiro.
Nessa Teia de Penélope, temos de um lado aquele que precisa da publicidade positiva de seu governo para fins eleitoreiros. De outro, empresas jornalísticas preocupadas tão somente com possíveis lucros e outras benesses que ocorrem ao arrepio da lei numa relação de constante promiscuidade. Esse é o contexto da história recente do Rio de Janeiro e de outros estados com as Organizações Globo.
Somado a isso se tem a negligência social ante o fato de que por detrás daquelas fardas e uniformes existem homens e mulheres que também têm família, que também são sociedade, e que também desejam findar mais um dia de trabalho para retornarem aos seus lares. Muitos deles não terão tal sorte e ficarão pelo caminho ao tombarem no estrito cumprimento do dever legal por amor e na defesa de uma sociedade que tanto os ignorou. Mas serão seus familiares que amargarão maiores dissabores após suas mortes ao receberem no final do mês seus contracheques e verificarem que ali não haverá nenhuma gratificação nem tampouco um agradecimento pelos serviços prestados. Essa é a dura realidade do funcionalismo público estadual.
Mas esse não é um problema apenas da segurança pública. Recentemente estado e município do Rio de Janeiro ficaram em penúltimo lugar em qualidade de saúde. Ano passado foi a vez de a educação estadual ficar à frente apenas do estado do Piauí, último colocado na avaliação do Ministério da Educação que envolveu todos os estados e mais o Distrito Federal.
Em relação a educação do Estado, uma empresa de Minas Gerais foi contratada sem licitação para apontar e resolver os problemas da área. Sabe qual foi a solução encontrada para melhorar a posição do estado no ranking nacional? A mesma empregada nas Gerais.
Não reprovar alunos. O professor, além de planejar e ministrar aulas, doravante tem que criar mecanismos a tornarem as aulas mais atrativas, como se o fato de estudar ante a possibilidade do benefício decorrente não fosse motivo mais que suficiente para isso. E com o maior número de alunos aprovados e o cumprimento das metas estabelecidas pela SEEDUC, professores passam a ter a possibilidade de ganhar até três vezes o valor do seu salário uma vez por ano, mas somente após a avaliação nacional. Resultado, com os míseros salários que recebem o que tem de professor aprovando alunos e diretores (as) rindo à toa não está no gibi.
Como se vê, o sistema é “flórida”, e sabe quem perpetua tudo isso? Pois é.... Fica aqui apenas uma pergunta: até quando?


A luta continua





marceloadriano36@hotmail.com

2 comentários:

  1. ótimo texto,meus parabens pelas palavras bem empregadas mostrando a nossa realidade.

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  2. Obrigado a você por suas palavras. Valeu!!

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Obrigado pelo seu comentário.